domingo, 16 de abril de 2017

TUCO TUCO

Conheça o tuco-tuco, roedor da região Sul do Brasil que corre risco de extinção

Ele parece um rato, mas é maior, mais peludo e tem uma mordida que dói um bocado. Não sabe de quem estamos falando? Então você precisa conhecer o Tuco-tuco, um roedor encontrado apenas na América do Sul e que corre o risco de sumir do mapa!


Tuco-tuco da espécie Ctenomys flamarioni, que vive recluso no subsolo e detesta ser incomodado. Também não gosta muito de luz, pois seus olhos são bem sensíveis.

Segundo o biólogo Thales Freitas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a preocupação é maior em relação a duas espécies: Ctenomys flamarioni Cteomys lamin. “No litoral gaúcho, elas já estão ameaçadas de extinção”, alerta.

Uma das principais ameaças aos tuco-tucos é o avanço da construção civil. Nas planícies litorâneas do Rio Grande do Sul, mais e mais casas estão sendo erguidas sobre os terrenos onde os tuco-tucos adoram cavar buracos e fazer tocas para morar. Engenhosos, eles constroem intermináveis redes de túneis que parecem labirintos subterrâneos e raramente saem de lá – apenas quando querem comer gramíneas ou para namorar.


Parente da capivara e da paca, o tuco-tuco mede cerca de 25 centímetros e tem pelagem marrom, podendo variar entre o bege-claro e o preto.

Outra ameaça a esses roedores é a agricultura. Com cada vez mais áreas destinadas ao plantio de soja e eucalipto no estado, os solos ficam progressivamente mais degradados. Mau negócio para os tuco-tucos: alguns deles já têm dificuldade para encontrar um lugar seguro para viver em paz.


Exemplar da espécie ‘Ctenomys minutus’. Apesar de fofos, os tuco-tucos não são animais domesticáveis. Na verdade, é muito difícil mantê-los em cativeiro, pois é bem complicado recriar as condições naturais em que eles gostam de viver.

Na tentativa de evitar a extinção desses animais, Thales coordena o Projeto Tuco-tuco, que busca aumentar a população desses roedores na região Sul. Em nosso país, existem cerca de dez diferentes espécies de tuco-tucos distribuídas, principalmente, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Mato Grosso e em Rondônia.

Ramon Ventura
Henrique Kugler
Revista CHC.

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