quinta-feira, 18 de maio de 2017

MICO LEÃO PRETO

(upload.wikimedia.org)
Nome científico: Leontopithecus chrysopygus.
Nome popular: Mico leão preto.
Família: Callithrichidae.
Classe: Mammalia.
Ordem: Primates.
Tamanho médio: Medindo aproximadamente 30 cm com a cauda de 40 cm.
Peso: Em média 600 gramas
Local onde é encontrado: região Sul do Estado de São Paulo.
Habitat: É um animal endêmico da Mata Atlântica, ocorrendo em florestas semi-decíduas.
Motivo da Busca: Animal ameaçado de extinção!

É um primata de pequeno porte. Possui a pelagem muito abundante e brilhante principalmente ao redor da cabeça como uma juba, daí o nome de Mico leão. A cor é predominantemente preta com tons de castanho amarelado na região lombar e na base da cauda. A pele do rosto é quase nua, apresentando pés e mãos de cor negra. Não existe diferença entre machos e fêmeas. Alimentam-se basicamente de invertebrados, frutos, sementes, flores e pequenos vertebrados como rãs, lagartixas, filhotes de aves. Vivem em grupos de 2 a 7 indivíduos, e à noite dormem em buracos nos troncos das árvores. A gestação dura cerca de 4 meses e os nascimentos ocorrem geralmente à noite, entre os meses de setembro e novembro, sendo dois filhotes por ano. O período reprodutivo começa aproximadamente aos 2 anos.

É um animal endêmico da Mata Atlântica, ocorrendo em florestas semi-decíduas, altas florestas de brejo e floresta arbustiva, na margem norte do rio Paranapanema, oeste do rio Paraná e trechos do rio Tietê. Hoje está restrito à região sul do estado de São Paulo, compreendendo os municípios de Teodoro Sampaio e Gália. A espécie encontra-se protegida no Parque Estadual do Morro do Diabo/SP, na Reserva Estadual de Caetetus/SP e na Estação Ecológica do Mico preto/SP.

O mico leão preto é uma espécie que corre risco de extinção, sendo classificado como "em perigo" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), apesar de já ter sido classificado na categoria "criticamente em perigo" em listas anteriores. Existe considerável esforço em preservar a espécie, como a translocação de indivíduos e implantação de corredores ecológicos, o que justifica a atual classificação da IUCN. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), no Brasil, classifica a espécie como "criticamente em perigo", mas a espécie é considerada como "em perigo" na lista de espécies ameaçadas do estado de São Paulo. 

Sua distribuição geográfica foi drasticamente reduzida por conta do desmatamento, e hoje o mico-leão-preto ocorre em apenas nove fragmentos de floresta, com a maior população ocorrendo no Parque Estadual Morro do Diabo. A população nesta unidade de conservação é de cerca de 820 indivíduos, e é a única viável a longo prazo: na Estação Ecológica dos Caetetus, a população é de cerca de 40, e os fragmentos restantes não somam mais do que 130 indivíduos, em subpopulações que não ultrapassam 20 indivíduos. Existe projetos de reprodução em cativeiro, e por conta disso, a população cativa, que era estimada em 112 indivíduos está crescendo.

Grande parte de seu habitat foi destruído no início do século XX, e a espécie foi considerada extinta por 65 anos, até a redescoberta de uma pequena população no Parque Estadual Morro do Diabo, por Adelmar Coimbra-Filho, em 1970. A situação da espécie poderia ser menos crítica visto que na década de 1940, foi criada a Grande Reserva do Pontal do Paranapanema, o Parque Estadual Morro do Diabo e a Reserva Lagoa São Paulo, todas unidades de conservação integral que protegeriam mais de 3 000 km² de floresta na área de distribuição geográfica do mico leão preto: apesar disso, a região foi desmatada, restando apenas o Parque Estadual Morro do Diabo, que possui pouco menos de 350 km². Após esses grandes desmatamentos, a construção da Usina Hidrelétrica de Rosana, no rio Paranapanema, inundou áreas do parque estadual que eram habitat do mico-leão, diminuindo ainda mais a área de ocorrência. Em 1984, o Instituto de Pesquisas Ecológicas realizou os primeiros estudos da espécie e até hoje é responsável por projetos de manejo de meta população, implantação de corredores ecológicos e educação ambiental, na região do Pontal do Paranapanema.

Uma notícia boa para alegrar a todos nós, é que ocorreu neste fim de ano. Dois filhotes de mico leão preto nasceram no Centro de Conservação da Fauna Silvestre de São Paulo.

Ramon Ventura
Com informações da Wikipedia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário